Ao comprar software da Microsoft, há frequentemente confusão sobre a diferença entre um direito de ativação e uma chave de ativação. A diferença entre esses dois conceitos pode parecer sutil, mas tem importantes implicações sobre como o software pode ser implantado e gerido. Não compreender ou aplicar corretamente o direito de ativação e a chave de ativação pode levar a problemas legais, limitações no uso do software e até custos desnecessários para licenças adicionais.
Neste artigo, vamos aprofundar as definições, aplicações e implicações dos direitos de ativação e das chaves de ativação. Também exploraremos exemplos práticos e forneceremos dicas para evitar confusões, para que possa gerir e usar o seu software da Microsoft com confiança.
Direito de Ativação
Um direito de ativação é essencialmente uma permissão contratual concedida a um utilizador para ativar e usar uma versão específica do software, frequentemente como parte de um acordo de licença mais amplo. Isto pode ocorrer, por exemplo, com licenças por volume fornecidas a empresas. O direito de ativação determina quantas instalações e ativações são permitidas dentro dos termos do acordo de licença.
Exemplo de Direito de Ativação
Imagine uma grande empresa que compra uma licença por volume para o Windows Server 2019. A empresa celebra um acordo de licença com, por exemplo, a Softtrader ou a Microsoft, que lhes concede o direito de ativar e usar o Windows Server 2019 em um determinado número de servidores dentro da sua organização.
Dentro deste acordo, a empresa recebe um direito de ativação que lhes permite instalar e ativar, por exemplo, 20 cópias do Windows Server 2019. Este direito de ativação inclui a permissão para usar o software nestes 20 servidores sem a necessidade de comprar uma licença individual para cada servidor.
Neste caso, o direito de ativação é documentado no acordo de licença entre a empresa e o fornecedor, e o número de instalações e ativações permitidas está pré-determinado. A empresa pode usar métodos de ativação centralizados disponíveis no programa de licenças por volume, como o Key Management Service (KMS) ou a Multiple Activation Key (MAK), para ativar os servidores sem ter de introduzir uma chave de ativação separada para cada instalação. Isto permite aos administradores de TI da empresa gerir e implantar o software do Windows Server de forma eficiente e legal nos servidores cobertos pelos direitos de ativação. Assim, é possível que, ao comprar um direito de ativação, tenha de usar a mesma chave várias vezes.
Chave de Ativação
Por outro lado, uma chave de ativação é uma sequência única de caracteres, frequentemente denominada chave de produto ou chave, necessária para completar a instalação e ativação do software. Esta chave serve como prova de uma compra legítima e é geralmente fornecida com a compra de uma licença de software única. Sem esta chave, o software geralmente não pode ser usado completamente.
Exemplo de Chave de Ativação
Imagine que alguém compra um novo portátil que não tem sistema operativo. Compra uma licença separada para o Windows 10 numa loja oficial ou num retalhista online. Ao comprar esta licença, o utilizador recebe uma caixa ou um email digital contendo a chave de ativação.
Durante a instalação do Windows 10, o utilizador é solicitado a introduzir esta chave de ativação. A chave é então verificada pelos servidores de ativação da Microsoft para confirmar que é uma chave legítima e não utilizada. Uma vez verificada a chave de ativação, o Windows 10 é ativado e o utilizador pode usar todas as funcionalidades do sistema operativo sem restrições.
Este processo garante que apenas os utilizadores que compraram uma licença legítima obtenham acesso total ao software e ajuda a Microsoft a prevenir o uso não autorizado do seu software.
